A evolução será de 0,78%. Saltará de R$ 70,325 bilhões em 2017 para R$ 70,877 bilhões este ano. O aumento é puxado pela valorização do total das lavouras e da pecuária. O levantamento é do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
O VBP da pecuária manterá valor próximo ao de 2017. Este ano, a produção da pecuária está avaliada em R$ 14,718 bilhões. Ano passado, bovinos, suínos, frangos, leite e ovos somaram R$ 14,608 bilhões. Todos os produtos apresentaram retração na estimativa do VBP deste ano, com exceção da produção de bovinos, que terá salto de 4%.
O VBP da bovinocultura está estimado em R$ 11,082 bilhões, o maior desde 2015, quando alcançou R$ 11,581 bilhões. O montante representa 42% do VBP de bovinos da região Centro-Oeste.
Além de ter o maior rebanho bovino do país, estimado em 28,94 milhões de cabeças, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o aumento na movimentação financeira da atividade está vinculada à perspectiva de aumento na produtividade, com mais indústrias em operação, de acordo com Luciano Vacari, diretor-executivo da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat). “Outro ponto que contribui para o crescimento são os investimentos dos produtores para melhorar a qualidade do produto, agregar valor e, assim, acessar mercados que pagam mais”.
Ao contrário da bovinocultura, o setor de produção aviária (frangos e ovos) não tem perspectivas positivas este ano. O levantamento do Mapa aponta redução de 6,5% no VBP de frango, estimado em R$ 1,774 bilhão (contra R$ 1,897 bilhão de 2017). O de ovos caiu 11,5%, saindo de R$ 566,823 milhões para R$ 501,381 milhões. Lindomar Rodrigues, secretário-executivo da Associação Mato-grossense de Criadores de Aves (Amave/ MT), diz que a redução está relacionada à queda de mercado e à desvalorização do produto em virtude dos efeitos da operação Trapaça, deflagrada na semana passada, que investiga fraudes no sistema de vigilância sanitária do Mapa.
Além disso, a instabilidade do preço do milho, diante da crise instalada no mercado internacional, é outro tema que aflige os produtores. “Eles estão com medo de fazer reposição porque o preço do milho está instável e não há previsão de estoque nem de 1 milhão de toneladas do milho por parte da Conab”, informa. O setor é o 2º maior consumidor do grão no mercado interno, chegando a 2 milhões de toneladas por ano.