O montante é 4,5% maior que o contabilizado no ano passado, quando somou R$ 71,032 bilhões. A agricultura detém a maior fatia do bolo, com R$ 59,097 bilhões este ano. Já a criação de animais resultará em R$15,135 bilhões, ambos valores maiores que os registrados em 2017.
Os dados fazem parte da estimativa para o Valor Bruto da Produção (VBP), divulgado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). No país, a previsão é que a cifra chegue a R$ 530,1 bilhões, 3,7% abaixo do obtido em 2017. Mas, há tendência de recuperação, pois os dados têm indicado sinais de aumento com o passar dos meses.
Segundo o Mapa, embora tenha havido redução do valor nacional em fevereiro na comparação com o mês anterior, março já apresentou variação positiva sobre fevereiro. Isso pode indicar tendência de recuperação do valor no decorrer do ano, de acordo com José Garcia Gasques, coordenador-geral de Estudos e Aná- lises da Secretaria de Política Agrícola do ministério. A direção dos resultados dependerá, explica Gasques, dos preços dos produtos e do milho de 2ª safra.
Nos dados nacionais, as lavouras e a pecuária sofreram redução do VBP, de 3,8% e de 3,5%, respectivamente. Os melhores resultados são os de algodão, com aumento de 20,9%, cacau, 8,7%, mamona, 68,5%, soja, 3,8%, batata -inglesa, 3,4%, café, 2%, tomate, 32,7% e trigo, 37,3%. Todas essas variações são em termos reais (descontada a inflação).
Outro grupo de produtos tem apresentado redução, com destaque para o arroz, cana-de-açúcar, café, milho, laranja, mandioca. Como representam parte expressiva do valor da produção total, têm forçado para baixo o VBP deste ano. Esse efeito foi ampliado pela redução de valor da carne de frango, carne suína, e leite, que também estão tendo pior desempenho.
Destacam-se ainda produtos que têm apresentado recuperação dos preços, entre os quais estão ovos, algodão, batata e tomate. Os dados regionais mostram que o Centro-Oeste lidera as demais regiões no VBP, seguida pelo Sul, Sudeste, Nordeste e Norte. Entre os estados, Mato Grosso, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul são os 5 com os maiores valores este ano.