De acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica, os lucros do sojicultor estão em 50% ou próximos disso nos estados de Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais. Já nos estados do Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Maranhão, os lucros estão próximos de 40%, enquanto nos estados da Bahia e de Tocantins beiram os 30%. Apenas nos estados de Mato Grosso e Goiás baixa para algo entre 2% e 10%.
“Melhor do que olhar o preço é olhar o lucro. E os lucros estão ótimos, para a imensa maioria dos agricultores brasileiros. No acompanhamento diário feito pela T&F Agronômica os lucros são apurados depois que foram descontados os custos totais de produção (diferente do trigo, por exemplo, que é só sobre os custos variáveis), sendo, portanto, lucros líquidos ou ‘limpos’, como os agricultores gostam de falar”, explica o analista Luiz Fernando Pacheco.
Ele explica que estes são lucros “raros” e imensamente maiores do que os obtidos pela indústria, por exemplo, que tem lucros entre 1% a 3% ao ano. São superiores também aos do comércio, que atinge ganhos entre 3% e 8% anuais.
Há que se ter presente que, desde alguns anos, há uma nova agricultura, bem diferente da que havia ‘até uns 20 anos atrás.
Os lucros não são mais os mesmos de antigamente, porque as condições mudaram: a concorrência entre os agricultores aumentou (o número de produtores cresceu muito), o governo não tem mais a mesma presença que tinha antes, as margens diminuíram para todos, inclusive para as multinacionais, que estão apresentados balanços negativos.
Por isso, torna-se muito importante o controle mais severo das receitas e despesas da propriedade e uma busca por novas técnicas de comercialização, tal qual se busca por novas técnicas de plantio”, conclui.
Fonte http://www.portaldoagronegocio.com.br/noticia/lucratividade-da-soja-chega-a-50-171640