Caminhoneiros e ativistas realizaram uma manifestação em frente ao 44º Batalhão de Infantaria Motorizada, no Bairro Duque de Caxias, na noite desta segunda-feira (28). Eles pediram o fim da corrupção, a queda do presidente Michel Temer e a intervenção militar no Brasil.
Os caminhoneiros que participaram do ato saíram do Distrito Industrial, onde existe uma concentração de grevistas desde a semana passada.
Empunhando a bandeira nacional e vestindo verde e amarelo, os manifestantes cantaram o hino nacional e gritaram palavras de ordem como "Fora Temer" e "Intervenção Militar Já". Alguns ativistas chegaram a se ajoelhar em frente ao Batalhão pedindo que o Exército assuma o comando do País.
De acordo com informações da Polícia Militar, o protesto reuniu em torno de 500 pessoas.
"Nós não somos derrotados, nós vencemos. A nossa causa não é mais óleo diesel, nós estamos pedindo para o Exército tomar conta do nosso País. Nós não aguentamos mais corruptos no poder. Queremos intervenção militar. O povo está pedindo", disse um dos lideres, em um caminhão de som.
Conforme o ativista e caminhoneiro Rafael Dezan, o movimento não conta com nenhuma liderança definida. A demanda dos caminhoneiros, que antes era pela redução do preço do diesel, agora é por intervenção militar, segundo ele.
"O movimento não tem líder, nós não temos sindicato. Não há negociação com um governo. Se vocês forem ao Distrito Industrial, verão que tá todo mundo lá", disse Dezan, negando que a greve dos caminhoneiros tenha acabado.
Antes de chegar ao ponto de concentração, eles percorreram as principais ruas da região central de Cuiabá.
Está é a segunda vez que manifestantes vão para frente do 44º Batalhão nesta segunda-feira. Pela manhã já houve uma aglomeração.
Após manifestação em frente ao batalhão, os ativistas seguiriam rumo à 13ª Brigada de Infantaria Motorizada, na Avenida do CPA.
Paralisação dos motoristas
A manifestação dos caminhoneiros está no oitavo dia. Em Mato Grosso, são 30 pontos de paralisação nas rodovias federais.
O protesto teve início na segunda-feira (21) e é contra os sucessivos aumentos no preço do óleo diesel, o que estaria tirando a rentabilidade do setor.
A manifestação se mantém, mesmo após mais uma tentativa do presidente Michel Temer, que anunciou novas medidas contemplando reivindicações da categoria.