Na safra 2020/2021, que está sendo colhida, o custo total ficou em torno de R$ 3,634 mil por hectare, com uma produtividade média de 62,5 sacas por hectare.
Se retirarmos da conta as depreciações e mão de obra familiar, ou seja, considerar só os gastos visíveis como arrendamento, combustível e insumos, o custo para implantar um hectare de soja em Mato Grosso está na casa dos R$ 3,636 mil, ou seja, 8,4% mais alto que os R$ 3,347 mil gastos em 2020/2021.
Entre todos os ítens que compõem os custos, as sementes (de soja e cobertura) são as que mais encareceram de uma safra para outra. Em 21/22 o produtor terá que desembolsar R$ 391,51 por hectare com o insumo, 12,46% a mais que os R$ 348,14 gastos na safra passada. Só a semente de soja custará R$ 367,13 por hectare, contra os R$ 326,08 gastos em 20/21.
Os herbicidas aparecem na segunda posição entre os itens que mais encareceram. E o produtor de soja terá que gastar R$ 208,61 por hectare com o insumo, 11,6% mais caro que os R$ 186,93 da safra passada.
Os fungicidas também ficaram 11% mais caros para a próxima safra, custando R$ 348,54 por hectare, conta os 314,08 por hectare de 20/21.
Um item que encareceu bastante para esta safra foi o valor do arrendamento. Agora está próximo a R$ 245,45 por hectare, 44,1% mais elevado que os R$ 170,32 gastos em 20/21.
De maneira geral, entre os insumos somente os corretivos de solo baratearam. Custando R$ 65,34 por hectare em 21/22, queda de 1,6% ante os R$ 66,40 da 20/21.
Já os gastos com Funrural ficaram 27,1% mais em conta em 21/22. Agora valem R$ 17,77 por hectare, contra os R$ 24,4 da safra 20/21.
A mão de obra é outro item que ficou mais barato para o produtor. Em torno de R$ 99,76 por hectare, 24,8% a menos que os R$ 132,64 por hectare da safra que está sendo colhida.