Membros da Comissão Nacional de Política Agrícola da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em conjunto com federações de agricultura e pecuária do Centro-Oeste, realizaram o primeiro workshop para levantar propostas de aperfeiçoamento de políticas públicas para o país para formatação do Plano Agrícola e Pecuário da safra 2016/17 (PAP).
As principais demandas dos produtores rurais são a revisão das taxas de juros de programas específicos de investimento, a elevação do volume de recursos para custeio e a garantia dos recursos de pré-custeio. A reunião ocorreu em Goiânia (GO), na sede da Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG).
Entre as propostas defendidas pela Federação da Agricultura e Pecuária (Famato) está o limite individual de crédito, que atualmente é de R$ 1,2 milhão por CPF, valor que permite apenas o custeio de menos da metade dos gastos operacionais da grande maioria dos produtores de Mato Grosso. Para abranger uma parcela maior de produtores do Estado, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) calcula que o limite de crédito individual do PAP 2016/17 teria que ser de no mínimo R$ 2,4 milhões.
Segundo o superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi, o objetivo do encontro, que também será realizado em outros estados brasileiros, é receber sugestões. Aquelas aprovadas, nas reuniões, vão compor o conjunto de propostas dos produtores, levadas como subsídios ao Ministério da Agricultura e Pecuária e Abastecimento (Mapa) para elaboração do novo Plano Agrícola e Pecuário. “O resultado formará uma proposta que represente, ao máximo, os produtores brasileiros”, observou. Lucchi explicou que a intenção da CNA é, até o final de março, ter as propostas formatadas.
O presidente da FAEG e presidente da Comissão Nacional de Política Agrícola da CNA, José Mário Schreiner, acrescentou que as informações e as sugestões coletadas ajudarão a entender os sentimentos dos produtores que estão na ponta da cadeia produtiva. “Eles irão nos mostrar os principais gargalos e nos ajudar a formatar propostas factíveis. Queremos discutir também assuntos relacionados às taxas de juros, linhas de crédito e seguro agrícola”, disse. “É um momento importante, em que começaremos a definir a política agrícola brasileira para o próximo ano”, finalizou Schreiner.
Para o gerente de Assuntos Técnicos e Econômicos da FAEG, Edson Novaes, a ideia é colher diferentes propostas que contemplem um Plano Agrícola democrático. Ele acrescentou que a lista de reivindicações dos produtores do Centro-Oeste é encabeçada por dois pontos considerados essenciais: uma carta de juros menores e recursos que possam atender à subvenção do prêmio do Seguro Rural para todos os produtores do Brasil, o que desoneraria o setor produtivo. Fonte: Redação Só Notícias/Agronotícias (foto: Só Notícias/arquivo)
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